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Criatividade


Interessante a colocação e ponto de vista de Paulo Sacaldassy sobre a Criatividade.
Compartilho com vocês um texto seu. Vale a pena!

Não é de hoje que se escreve para contar histórias, sejam elas através de livros, crônicas, contos, textos teatrais e até mesmo através de roteiros. E todas elas já foram contadas e recontadas de mil e uma maneiras, muitas vezes em exaustão, mas a todo dia sempre aparece alguém disposto a contar as mesmas histórias. E o que a faz a ser diferente? A sua criatividade!

As situações dramáticas são todas conhecidas e, exaustivamente exploradas, não há mais novidades, isso é claro e sabido, o que faz a diferença é a forma pela qual o escritor trabalha para contá-las. E a criatividade que ele emprega para contar a história que vai fazê-la única e especial, isto é, a verdadeira alma do negócio.

Por mais que conheçam as técnicas e os diversos modos de contar uma história, e que fique claro aqui que saber tudo isso é primordial e de extrema importância, que conheçam todos os segredos de arquitetar uma narrativa, que conheçam todas as situações dramáticas, só há uma maneira de contar, a sua criatividade e é ela que lhe fará ser diferente.

A sua criatividade é a sua assinatura em tudo aquilo que você escreve. É o que vai fazer a diferença e lhe destacar perante aos outros escritores, fazendo com que a sua história, mesmo com um tema batido, conquiste o leitor. Sem a criatividade, o que se obtém, é a mesmice de sempre, vide o que vem acontecendo com as novelas.

O problema é, quando por segurança ou até mesmo por preguiça ou ainda medo de arriscar, o escritor opta por utilizar apenas as técnicas de narrativas para contar a sua história, fazendo-se valer de uma fórmula de sucesso, tal e qual às novelas. Pegam-se os ingredientes, como se contar uma história fosse preparar um bolo e, servem para o público a mesma história contada da mesma maneira.

Uma história contada com a criatividade, jamais será uma história igual a outra. Usando a sua criatividade, a mesma história que fez Romeu e Julieta morrerem por amor, pode ser contada sobre um outro ponto de vista, talvez por ângulo que só você viu e que pode torná-la uma história de sucesso.

Ousar é a palavra irmã da criatividade, quando um escritor subverte o lugar comum, ou até mesmo brinca com os clichês, com certeza terá uma boa possibilidade de contar uma bela história, mesmo que ela já tenha sido exaustivamente contada. Portanto, mais do que uma boa idéia, a criatividade com a qual você pretende contar a sua história, é que é a alma do negócio.
www.oficinadeteatro.com

A ambição de reproduzir o real


Achei muito interessante o posicionamento do ator Pedro Cardoso. Creio que isso seria um papel de nós, artistas cristãos, se tivéssemos maior representatividade na classe artística. Isso se chama salgar, influenciar. Precisamos fazer isso ao invés de acharmos que determinados seguimentos não são de Deus ou não são lugar pra crente. Enquanto nos desviamos das nossas responsabilidades, passamos a vergonha de ver as pedras ou Pedros, clamando no nosso lugar... Por Adriana Camilllo

“Aqueles que creem estar inocentemente reproduzindo o real em suas cenas de intimidade, estão, na verdade, disfarçando a pornografia de realismo. A ambição do homem em reproduzir o real, e a arrogância de que ele um dia o poderá conseguir, facilitaram o caminho para instalação da pornografia disfarçada entre nós.”Pedro Cardoso

“Pedro Cardoso fez um discurso exaltado e polêmico no lançamento do longa-metragem Todo Mundo Tem Problemas Sexuais, de Domingos de Oliveira, na noite desta quarta-feira no Festival do Rio. O ator, que também produz o filme, acusou alguns diretores brasileiros de promoverem a pornografia na televisão e no cinema, obrigando a classe artística a participar de tais cenas.

"A pornografia tornou-se agora um modo de atrair o público. Temos visto cenas de nudez ou quase nudez em basicamente toda a programação dos programas de televisão", disparou.

"A constância com que isso aparece tem colocado em exposição a nudez dos atores. É raro um trabalho, seja flme, novela ou programa de humor que não inclua cenas deste tipo."

"A minha tese é de que a nudez impede a comédia e mesmo o próprio ato de representar. Quando estou nu, sou sempre eu a estar nu, nunca o personagem. Ao despir-se do figurino, o ator despe-se também do personagem", afirmou, ressaltando que Todo Mundo tem Problemas Sexuais, apesar do tema, não traz nenhum momento de nudez.

"Eu fiz algumas cenas de nudez muito parcial e me senti sempre muito mal. Esse absurdo causa grande desconforto ao ator e a atriz porque nos obriga a mentir", citou, recebendo aplausos. "A nudez produz uma sensação erótica. Neste filme, os atores estão vestidos para que os personagens possam estar desnudos."

"A pornografia está tão dissimulada em nossa cultura que não a reconhecemos como tal. Hoje qualquer diretor, medíocre ou não, se acha no direito de determinar que uma atriz possa ficar pelada numa cena ou parcialmente despida", disse, ressaltando, indiretamente, que os diretores da TV Globo também apelam para a "pornografia" televisiva.

"É frequente que cineastas de primeiro filme exibam para seus amigos em sessão privê as cenas privadas que conseguiu de uma determinada atriz", acusa. "Quando os atores se recusam a fazer nudez, os diretores ficam bravos e fazem malcriações, como crianças mimadas, porque se consideram no direito a ela".

O protesto de Cardoso abriu espaço para a discussão, especialmente entre os atores. Em tom revoltado, ele pediu que os artistas não se submetam a cenas de nudez.

"Até quando nós atores ficaremos atendendo ao voyeurismo e a disfunção sexual de diretores, roteiristas e produtores?", questiona. "Eu penso num dia que não teremos medo do You Tube ou das sessões nostalgia do Canal Brasil. O dia que não teremos medo que nossos filhos tenham que responder perguntas constrangedoras dos colegas na escola."

"Um diretor não deveria pedir que faça algo que ele não pediria a uma filha sua. Se essa gente quer nudez, que fiquem nus eles mesmos."

"Atores e atrizes podem dizer não às cenas que se sintam desconfortáveis. Não temos uma obrigação de tirar a roupa, que esta não é uma exigência do ofício de ator e sim da indústria pornográfica. E a conclusão de sempre: o programa popular tem que ter calcinha e sutiã, como se a gente brasileira fosse assim medíocre", ressalta.

O discurso levou Cardoso a tocar no assunto da vida pessoal. Namorado da atriz Graziella Moretto, no ar na TV Globo com a novela Três Irmãs, insinuou que ela sempre é contrariada nos bastidores da produção televisiva.

"No ar, na novela das 19h, ou mesmo das 18h, criam-se cenas de estupro, de banho, exibicionismo e adultério. Tudo apenas para proporcionar as cenas de nudez e influenciar o tesão alheio."

"E para que não digam que estou transtornado com esse assunto só porque agora estou namorando com uma atriz: de fato, dói mais a dor que dói em nós mesmos."

"Agora ver a mulher que eu amo tendo que diariamente se defender no trabalho contra a pornografia tornou esse assunto a primeira ordem do meu dia. Se antes era apenas responsabilidade profissional me opor à pornografia, agora é também por amor", finaliza.

Tomada pelos aplausos, Claudia Abreu, que também está no elenco do filme, deu seu depoimento. "Já passei por uma situação como essas recentemente e ele está completamente certo. É exatamente isso que acontece", disse. Vale ressaltar que a atriz aparece completamente nua no filme Os Desafinados, de Walter Lima Jr., em cartaz em alguns cinemas do País.”

Extraído de: http://cinema.terra.com.br

Para mais textos de Pedro Cardoso em protesto à arte pela pornográfica acesse: http://todomundotemproblemassexuais.zip.net/

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